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Blog desenvolvido durante a disciplina de Fundamentos de Engenharia de Computação na UFS, ministrada pelo professor Renê Pereira de Gusmão. É alimentado pelos alunos Denisson Silva, Gustavo Bezerra, João Marcos, Leonam Matheus e Yann Trabuco

domingo, 25 de setembro de 2016

O melhor microcontrolador para seu projeto

O melhor microcontrolador para seu projeto



O microcontrolador deve satisfazer as características técnicas do projeto. É fundamental levar em consideração:


·         Arquitetura
·         Consumo, caso o projeto demande baixo consumo ou seja móvel
·         Periféricos
·         Velocidade e capacidade de processamento
·         Tamanho e encapsulamento
·         Escalabilidade

Ao começar a trabalhar com uma família de microcontroladores deve-se atentar para o fato da existência de microcontroladores da mesma família com mais memória FLASH e SRAM, ou capacidade de interfacear com uma memória externa para eventual expansão do projeto, sem grandes traumas.

Utilizar microcontroladores da mesma família ou do mesmo fabricante é uma ótima opção, caso seja necessária a mudança do CI principal do projeto. Como o tempo de aprendizado de um novo microcontrolador pode ser grande devido a diferentes ambientes de desenvolvimento, ferramentas e/ou datasheets, é desejável que, se possível, o fabricante continue sendo o mesmo do projeto original para se economizar em tempo de desenvolvimento.  O reaproveitamento de código é, sem dúvida nenhuma muito grande quando se mantém a família de microcontroladores de um mesmo fabricante e o trauma gerado por uma mudança de arquitetura pode ser maior ainda.

Preços

É necessário que se pense comercialmente quando é feita a escolha de um microcontrolador para determinado projeto. O preço de um produto não indicado para novos desenvolvimentos pode ser muito caro. Por exemplo, atualmente os microcontroladores ARM7 têm um preço bem maior que os com core CORTEX M3, muitas vezes com poder de processamento maior e vasta gama de periféricos.

Uma característica que contribui com o aumento do preço é a tecnologia em que a FLASH é construída. Em determinados microcontroladores é utilizada tecnologia de 90 nm, enquanto em outros, 63 nm. Essa diminuição permite que um maior número de componentes sejam construídos em uma mesma área de silício. Para um mesmo tamanho de flash, a área ocupada é menor – menos material é utilizado e o preço cai. Microcontroladores que acabam de ser lançados também tem preço mais atraente, apesar da disponibilidade ser crítica – os tempos de fornecimento tendem a ser bem altos.

Conclusão 

O melhor microcontrolador é aquele que permite um desenvolvimento rápido de uma solução eletrônica segura conforme os requisitos de projeto, desde que bem definidos, que seja fácil de encontrar para venda a um preço relativamente baixo (depende do voilume de compra) e com tempo de entrega baixo no mercado internacional e que a equipe de desenvolvimento tenha intimidade e demonstre traquejo. É fundamental que disponha de diversas ferramentas para trabalhar com o mesmo. E, claro, que resolva o problema proposto. É importante também que esse item tenha longo prazo de fornecimento, para que o produto tenha uma longa vida no mercado e possa se pensar em um plano de manutenção e assistência técnica adequados.

No começo do projeto, é interessante escolher um microcontrolador com um pouco mais de recursos que se pretende utilizar, principalmente memória SRAM e memória Flash. Isso permite que o desenvolvedor de firmware não passe sufoco e tenha uma margem para trabalhar. Ao terminar o projeto, pode-se enxugar os recursos do primeiro microcontrolador escolhido e, assim, escolher o mais barato possível para o projeto eletrônico.

Toda a escolha de micro, no entanto, não deve ser definitiva. Ao se perceber que não será possível cumprir o planejado, deve-se replanejar todo o projeto, avaliando a possibilidade de redução de escopo, replanejamento de tempo ou de disponibilidade de recursos para trabalhar no projeto eletrônico. Isso é percebido de forma mais rápida se houver um acompanhamento rígido da execução do projeto. Grandes mudanças podem ser necessárias, no entanto. Nesse momento, é fundamental revisar e agir. Claro que se antecipar a problemas ainda nas fases iniciais de projeto é menos custoso do que nas fases finais. O custo de um projeto, em todos os aspectos cresce exponencialmente conforme o projeto se desenvolve.



Bibliografia:

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