O melhor microcontrolador para seu projeto
O microcontrolador deve satisfazer as
características técnicas do projeto. É fundamental levar em consideração:
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Arquitetura
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Consumo, caso o projeto demande baixo consumo ou
seja móvel
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Periféricos
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Velocidade e capacidade de processamento
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Tamanho e encapsulamento
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Escalabilidade
Ao começar a trabalhar com uma
família de microcontroladores deve-se atentar para o fato da existência de
microcontroladores da mesma família com mais memória FLASH e SRAM, ou
capacidade de interfacear com uma memória externa para eventual expansão do
projeto, sem grandes traumas.
Utilizar microcontroladores da
mesma família ou do mesmo fabricante é uma ótima opção, caso seja necessária a
mudança do CI principal do projeto. Como o tempo de aprendizado de um novo
microcontrolador pode ser grande devido a diferentes ambientes de
desenvolvimento, ferramentas e/ou datasheets, é desejável que, se possível, o
fabricante continue sendo o mesmo do projeto original para se economizar em
tempo de desenvolvimento. O reaproveitamento de código é, sem dúvida
nenhuma muito grande quando se mantém a família de microcontroladores de um
mesmo fabricante e o trauma gerado por uma mudança de arquitetura pode ser
maior ainda.
Preços
É necessário que se pense comercialmente quando é
feita a escolha de um microcontrolador para determinado projeto. O preço de um
produto não indicado para novos desenvolvimentos pode ser muito caro. Por
exemplo, atualmente os microcontroladores ARM7 têm um preço bem maior que os
com core CORTEX M3, muitas vezes com poder de processamento maior e vasta gama
de periféricos.
Uma característica que contribui com o aumento do
preço é a tecnologia em que a FLASH é construída. Em determinados
microcontroladores é utilizada tecnologia de 90 nm, enquanto em outros, 63 nm.
Essa diminuição permite que um maior número de componentes sejam construídos em
uma mesma área de silício. Para um mesmo tamanho de flash, a área ocupada é
menor – menos material é utilizado e o preço cai. Microcontroladores que acabam
de ser lançados também tem preço mais atraente, apesar da disponibilidade ser crítica
– os tempos de fornecimento tendem a ser bem altos.
Conclusão
O melhor microcontrolador é aquele que permite um
desenvolvimento rápido de uma solução eletrônica segura conforme os requisitos
de projeto, desde que bem definidos, que seja fácil de encontrar para venda a
um preço relativamente baixo (depende do voilume de compra) e com tempo de
entrega baixo no mercado internacional e que a equipe de desenvolvimento tenha
intimidade e demonstre traquejo. É fundamental que disponha de diversas ferramentas
para trabalhar com o mesmo. E, claro, que resolva o problema proposto. É
importante também que esse item tenha longo prazo de fornecimento, para que o
produto tenha uma longa vida no mercado e possa se pensar em um plano de
manutenção e assistência técnica adequados.
No começo do projeto, é interessante escolher um
microcontrolador com um pouco mais de recursos que se pretende utilizar,
principalmente memória SRAM e memória Flash. Isso permite que o desenvolvedor
de firmware não passe sufoco e tenha uma margem para trabalhar. Ao terminar o
projeto, pode-se enxugar os recursos do primeiro microcontrolador escolhido e,
assim, escolher o mais barato possível para o projeto eletrônico.
Toda a escolha de micro, no entanto, não deve ser
definitiva. Ao se perceber que não será possível cumprir o planejado, deve-se
replanejar todo o projeto, avaliando a possibilidade de redução de escopo,
replanejamento de tempo ou de disponibilidade de recursos para trabalhar no
projeto eletrônico. Isso é percebido de forma mais rápida se houver um
acompanhamento rígido da execução do projeto. Grandes mudanças podem ser
necessárias, no entanto. Nesse momento, é fundamental revisar e agir. Claro que
se antecipar a problemas ainda nas fases iniciais de projeto é menos custoso do
que nas fases finais. O custo de um projeto, em todos os aspectos cresce
exponencialmente conforme o projeto se desenvolve.